O Governo do Estado do Amapá (GEA) traçou este ano uma nova meta educacional: transformar em até três anos as terras amapaenses no maior Estado alfabetizador do Brasil, por meio do Regime de Colaboração. Com a aplicação do Programa de Aprendizagem do Amapá (Paap) será possível alfabetizar 100% das crianças até o fim do 2º ano do ensino fundamental.
Nesta terça-feira, 12, a equipe do Colabora Amapá – nome atribuído ao Regime de Colaboração pactuado entre Governo do Amapá e os 16 municípios amapaenses – do eixo Educação reuniu-se com a Câmara Técnica do Paap (composta por secretários municipais e técnicos de Educação) para tratar sobre os métodos que devem ser aplicados durante o ano letivo de 2019. O encontro ocorreu no auditório da Escola Estadual Deusolina Salles Farias, em Macapá.
Com a entrega nos 16 municípios dos kits do Paap para estudantes e professores (do 1º ao 5º ano do ensino fundamental), adaptados à cultura amapaense, e a formação dos professores concluída no programa, agora, é o momento de aplicar a teoria na prática em sala de aula. A câmara técnica contou com a ajuda de Fabiana Pedrosa, consultora do Instituto Natura, órgão que apoia o Colabora Amapá.
Pedrosa explicou as responsabilidades imediatas de cada integrante dentro do Paap: aplicadores das avaliações-diagnósticos, gestores e coordenadores pedagógicos, câmara técnica e equipe do Colabora Amapá – eixo Educação, e professores. Primeiro serão aplicados um questionário e uma avaliação-diagnóstico com todos os alunos dos anos iniciais do ensino fundamental para poder ter um parâmetro do que é preciso avançar.
“A câmara técnica precisa estar muito próxima do nosso formador, e também é necessário aplicar a avaliação diagnóstica e ter a ficha de registro de alunos faltantes. Essas informações serão primordiais para começarem a trabalhar com o material pedagógico do Paap”, orientou Pedrosa aos secretários municipais e técnicos de educação.
O Programa de Aprendizagem no Amapá foi lançado em junho de 2017 pelo Governo do Amapá, em parceria com o Governo do Ceará. O Estado investiu aproximadamente R$ 2 milhões para aquisição do material pedagógico. Para a secretária adjunta de Política Educacional da Secretaria de Estado da Educação (Sape/Seed), Neurizete Nascimento, o Paap vai fazer muita diferença na vida dessas crianças e alavancar resultados educacionais positivos.
“Ficamos encantados quando conhecemos o Mais Paic, programa educacional que é desenvolvido pelo Governo Ceará. E agora estamos vendo caminhar o nosso Paap, que nos trará muitos resultados positivos. Todo educador sonha em oferecer uma educação de qualidade para seus alunos”, pontuou a gestora.
A Secretaria de Estado da Educação (Seed) realiza até o dia 22 de fevereiro o recadastramento dos transportadores escolares. A ação é feita todo ano e, para o ano letivo de 2019, obedecerá a um cronograma dividido por localidade e município.
A Seed reforça a importância de fazer o recadastro e não deixar para os últimos dias. A ação iniciou no dia 24 de janeiro e, dos 968 transportadores escolares (terrestre e fluvial) da rede estadual, apenas 300 deram entrada com documentos para análise e recadastramento no Núcleo de Transporte Escolar (Nute/Seed). Confira o cronograma de recadastramento abaixo:
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Os responsáveis devem levar toda a documentação exigida ao Nute, localizado no complexo administrativo da Seed, nos horários de 8h às 15h.
Documentação para transportador terrestre (cópia e original):
Carteira de Identidade, CPF, comprovante de endereço, Carteira Nacional de Habilitação (CNH), comprovante – CRLV.
Autorização expedida pela CTMAC e Detran permitindo o serviço de transporte escolar.
Certificado do curso Sest-Senat, dentro do prazo permitido pelo sistema do órgão.
Certidões negativas criminais estaduais e federais.
Comprovante de equipamentos de segurança (cinto de segurança, extintor) foto na parte interna do veículo.
Comprovante do veículo cadastrado, foto do veículo com identificação da placa e adesivo para circulação dos serviços, foto externa do veículo.
Documentação para transportador fluvial (cópia e original):
Carteira de Identidade, CPF, comprovante de endereço, Carteira Marítima.
Título de Inscrição de Embarcação (TIE) ou procuração autenticada em cartório dando os plenos poderes ao uso do bem.
Certidões negativas criminais estaduais e federais.
Comprovante de equipamentos de segurança (colete salva-vidas, boia, protetor do eixo motor, lona para prevenção de chuva), foto da parte interna da embarcação.
Foto da parte externa da embarcação com identificação do nome e circulação dos serviços.
Os transportadores escolares que deixarem de comparecer nos dias estipulados devem aguardar as informações e posicionamento que o Nute repassará aos seus gestores escolares.
Em 2018, houve uma redução de furtos e roubos nas escolas da rede estadual de Macapá em 45,5%, graças ao sistema de monitoramento eletrônico. Enquanto em 2017 foram registrados 120 casos, no ano passado esse índice caiu para 54. Os números são do Núcleo de Estatística e Análise Criminal do Centro de Integração de Operações de Defesa Social (Ciodes). Além da redução no número de ocorrências, o novo sistema resultou na economia em mais de R$ 40 milhões ao ano, em relação ao valor antes pago pelos contratos de vigilância.
No ano passado, foram evitadas 165 tentativas de furtos nas escolas dessas cidades, segundo a Gerência Operacional da Ativa System Brasil, responsável pelo serviço. Com o monitoramento em tempo real, durante 24 horas, os patrulheiros se deslocam imediatamente para a unidade escolar, sempre que é detectada alguma intrusão ou são disparados o alarme e sensor de presença. A empresa também faz o contato direto com os policiais em serviço, resultando na prisão em flagrante e na devolução imediata dos pertences da escola.
Quando o furto é concretizado, as imagens são disponibilizadas à Polícia Civil, para investigação e elucidação dos delitos, garantindo a prisão de muitos criminosos e recuperação dos objetos furtados.
No início de 2017, a empresa responsável pela prestação do serviço de vigilância monitorada de escolas da rede de ensino do Estado iniciou o processo de instalação dos circuitos de câmeras e alarmes, sensores de presença e equipamento de armazenamento. As unidades passaram a contar, também, com monitoramento 24 horas e patrulhamento motorizado.
Atualmente, todas as escolas, centros e anexos administrativos da Secretaria de Estado da Educação (Seed) contam com o monitoramento eletrônico.
A partir deste ano, escolas da área urbana dos demais municípios também contarão com o sistema. Segundo a secretária adjunta de Apoio à Gestão, Keuli Baia, a vigilância monitorada será estendida para essas unidades.
Relatos da comunidade e da Polícia Militar apontam também para redução da criminalidade no entorno da escola. “A redução de furtos nas escolas reflete na eficácia do sistema de vigilância monitorada, que é uma realidade de experiências exitosas em diversos estados do Brasil, além da intensificação e trabalho do policiamento escolar”, destaca a gestora.
A secretária adjunta também reforça sobre o trabalho de conscientização realizado entre gestores, coordenadores e professores das escolas, garantindo que eles auxiliem em ações de prevenção das unidades, como manter portas e portões sempre fechados, áreas externas bem iluminadas e não fornecer senhas dos alarmes.
As equipes gestoras que vão assumir as quatro novas Escolas do Novo Saber da rede estadual concluíram, nesta quinta-feira, 7, a formação orientadora para que iniciem o ano letivo 2019. Ao todo, 15 educadores (entre gestores, gestores adjuntos, secretários escolares e coordenadores pedagógicos) conheceram sobre a metodologia do ensino em tempo integral e estratégias de aprendizagem, durante três dias, em Macapá.
Durante a formação, as equipes gestoras participaram de oficinas sobre Plano de Ação, elaboração de metas, horário e dinâmica de funcionamento das escolas, entre outras orientações. O momento, também serviu para que os educadores tirassem suas dúvidas sobre o modelo de ensino.
No período de 11 a 15 de março, será a vez das equipes escolares passarem pela formação. Neste ano, a rede estadual terá mais quatro Escolas do Novo Saber, são elas: Jesus de Nazaré, Professor Lucimar Del Castillo e Maria Carmelita do Carmo, em Macapá; e Escola Elias Trajano, no município de Porto Grande. Juntas, as unidades vão atender 420 estudantes, com três turmas cada, em tempo integral. Nessas escolas, as aulas estão previstas para iniciarem no dia 20 de março.
As escolas começam a ofertar a modalidade apenas na 1ª série do ensino médio e, gradativamente, vão expandido para a 2ª e 3ª séries. Com a expansão, o Amapá passa a ter 12 escolas do Novo Saber, com atendimento de cerca de 4 mil estudantes.
A gestora da escola Elias Trajano, Rosângela Souza, 47 anos, considerou que essa modalidade de ensino deve melhorar a aprendizagem dos estudantes e melhorar a vida social da comunidade. “Estamos esperançosos de que a escola em tempo integral mudará a vida dos nossos estudantes, pois além de elevar a qualidade de aprendizagem, também trabalha a formação pessoal e profissional deles”, avaliou.
A importância de um olhar diferenciado para o financiamento da política pública da Educação ofertado na Amazônia foi um dos temas tratados na reunião entre o ministro da Educação, Ricardo Vélez e a diretoria do Conselho Nacional de Educação (Consed). A secretária de Estado da Educação, Goreth Sousa, vice-presidente do Consed e representante da região Norte, esteve presente no encontro, ao lado da presidente, Cecília Motta (MS) e do vice-presidente Fred Amancio (PE).
Goreth Sousa reforçou com o ministro, sobre o comprometimento do Amapá com o Regime de Colaboração, na perspectiva de fortalecer os municípios assumirem a primeira etapa do Ensino Fundamental. Além disso, debateram sobre a formação continuada dos professores, escolas em Tempo Integral e fortalecimento do Ensino Médio. “Reforçamos também sobre o compromisso do Estado em superar os baixos índices de aprendizados, através de programas como o Programa de Aprendizagem (PAAP)”.
Aos secretários, o ministro disse que em sua gestão, será intensificado o combate a evasão escolar, ampliando a oferta do ensino técnico aos estudantes e de subsídios para os professores.
A diretoria do Consed também conversou sobre os campos de atuação do Conselho, os grupos de trabalho e a continuidade dos repasses para as escolas. Ricardo Vélez chamou o grupo para sistematizar o diálogo e promover novos encontros. (Com AI/Consed)
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